sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ritmo da Vida

"Existiam três pessoas, pessoas comuns.

Um atleta semi-profissional, que treinava duro todo dia e suava muito para alcançar seu sonho.
Uma jovem moça pobre, porém muito humilde e trabalhadora.
Um pequeno empresário, dono de uma padaria, muito simpático e justo.

Essas três pessoas gostavam muito do que faziam, porém estavam cansadas de sonhar, de batalhar, e não conseguir chegar a lugar nenhum.

O atleta não conseguia chegar a suas metas, e alcançar os objetivos.
A moça tinha que ajudar a família e estava cada vez mais cansada e ocupada de trabalho.
O empresário estava tendo leves prejuízos, mas o imóvel da padaria estava com a estrutura danificada.

Então, foi oferecida uma solução a cada um deles:

Um colega ofereceu esteróides para que o atleta aumente sua performance.
Um traficante de órgãos abordou a moça e lhe ofereceu dinheiro por um de seus rins.
Um fiscal pediu propina para fazer vista grossa na verificação do imóvel da padaria.

Cansados de não obter o que mais aspiravam, aceitaram.

Mas eis que o destino cruel caiu sobre cada um dos três...
O atleta foi pego no exame anti-dopping, e foi proibido de praticar seu esporte predileto.
A moça teve problemas hepáticos após a operação mal-feita, e não pôde trabalhar tão cedo.
Um acidente ocorreu na padaria, derrubando parte do teto e a fiscalização fechou o local.

Um dia, então, os três se conheceram, por aí.
E, contando suas histórias, perceberam que poderiam ter feito diferente.
Poderiam ter continuado em seus caminhos, e eventualmente alcançariam o que queriam.

Perceberam que não vale a pena alterar o ritmo da vida,
E que o caminho certo nem sempre é o mais fácil.

Então voltaram às suas vidas humildes, tentando reparar os danos causados.
E procurando pacientemente suas metas, e a verdadeira felicidade.

Pois a felicidade pode ser difícil de achar, e durar pouco.... Mas pelo menos ela existe."


by me

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fácil perceber

Primeiramente, queria iniciar esse post agradecendo todos que comentaram (e que ainda vêm aqui nesse blog esquecido) no último post.
Estou ainda postando quinzenalmente, mas gostei de receber pouco mais de uma dezena de comments, bem alegres, no post anterior a este.
E, portanto, estou até revendo pelo menos mudar a aparência do blog, e sofisticar um pouco mais pelo menos a barra de links e algumas outras coisas.

Mas vamos ao que interessa, o assunto.

Sem querer, eu estava lendo uma revista nada a ver (pois cortaram minha TV a Cabo, e to com NET só no laptop do meu pai... com preguiça de arrumar meu PC). Era uma daquelas revistas que circulam entre condomínios (aqui em SP tem muito disso), cheia de pequenos artigos inúteis e anúncios mais inúteis ainda.
Entre os artigos havia acessórios para cachorros, como cuidar de crianças, como limpar uma piscina, dicas gastronômicas e de moda, e esses afins que toda revista inútil tem.

Porém, folheando a revista, me dei de cara com um artigo e não sei por que o li.
Mas era interessante, uma pequena crônica de um dos escritores da tal revista de condomínios, que dizia sobre os dias atuais, e sobre como é fácil perceber que certos comportamentos mudaram. Lendo esse artigo (que era bom!), tive a inspiração para criar esse post e repassar o breve conhecimento que o autor tinha escrito.

Basicamente, é fácil perceber o quanto sociedade (e a própria humanidade) mudou, em questão de comportamento e de conduta.
O autor dizia (e eu sempre também levantava essa bandeira) que hoje em dia quando alguém é educado, polido, cavalheiro, as pessoas tendem a reconhecer, agradecer ou até admirar, como se fosse algo "fora do comum".
E isso amplifica a falha da sociedade atual, em que é comum ser grosso, ignorante, cuidar apenas de si e não ter educação nenhuma com o que não lhe importa.

Eu aproveito a linha do autor para ampliar isso para a honestidade, a humildade e a consideração. Não vivi nem duas décadas, mas meus pais e meus avós (e os seus também) sempre dizem: antigamente era diferente. E com razão.

Dá pra perceber que, ok, a sociedade era mais conservadora e até "chata" no ponto de vista mais rebelde e mais agitador. Mas as pessoas não agradeciam as outras por ser humilde, trabalhador. Não esqueciam dos amigos, mesmo sem ter os celulares, MSNs e Orkuts da vida. Não achavam um MILAGRE alguém achar 100 reais no chão e devolver. Não agradeciam uma cortesia ou um abraço, um aperto de mão. Não achavam incomum receber "bom dia", "como vai" de estranhos. Não achavam ruim discutir em família, comer junto e se reunir para conversar.

E eu não sou adepto de que deveríamos voltar décadas atrás, mas esses valores não se ensina (na minha concepção), se aprende desde cedo e se preserva.

Se a sociedade hoje é bruta, ignorante, e egoísta, têm que se ensinar desde o berço e conscientizar as pessoas.

Eu me acho um tanto quanto "antigo", mas sei que ninguém escapa da realidade atual. Todo mundo quer dar uma de "malandro", todo mundo quer levar vantagem, todo mundo quer parecer descolado. Eu incluso...
Pessoas altruístas, educadas, só tomam na cara. E se alguém faz um feito bom, sai no jornal e só falta erguer uma estátua para a pessoa, de tão incomum é de achar pessoas boas nesse mundo.

Então espero que tenham entendido meu ponto, e que reflitam mais no dia-a-dia como eu sempre tento.
Bons constumes e boa conduta não se adquire do dia pra noite, mas é bom tentar.

É uma coisa ingrata? É, eu sinto na pele.
Mas eu gosto de tentar, mesmo que me olhem como "Oh, como ele é diferente".
Eu prefiro ser do contra e fazer o certo do que estar de acordo com a sociedade me sentindo mal.

Afinal, é fácil perceber.
Mas é difícil ir contra a corrente.



"Engraçado é que se 90% da população fosse gay ou bissexual, os outros 10% heterossexuais iriam ser taxados de ignorantes, de cabeça-fechada, conservador. Seriam excluídos da sociedade, marginalizados como os gays eram em tempos recentes. O que é certo então? O "certo" dogmático, o "certo" científico, o "certo" da maioria, ou o seu "certo" egoísta? Faça o seu certo, e fique bem com ele."
by me


"Será que eu já posso enlouquecer, ou devo apenas sorrir? Não sei mas o que eu tenho que fazer pra você admitir...Que você me adora, que me acha foda... Não espere eu ir embora pra perceber que você me adora, que me acha foda... Não espere eu ir embora pra perceber..."
by Pitty (Me Adora)