sexta-feira, 29 de agosto de 2008

É a vida...

"Ele vendia frutas na feira.
Ela era uma menina material, que só queria saber de "se divertir".

Ninguém sabe por quê, mas ele era completamente apaixonado por ela, desde o ginásio.
Talvez por que ela era uma menina muitíssimo linda, mas todos sabiam que ele era simples, e não dava muito valor à coisas exteriores como essa...
Mas o fato é que ele (mesmo que não mostrasse) sempre quis fazê-la feliz, e fazia de tudo pra isso, apesar de ela não dar a mínima pra ele.

Eram vizinhos, e moravam num bairro muitíssimo pobre.
"Quero sair daqui o mais rápido possível", sempre dizia ela. Porém, para sair dali ela não fazia nada. Apenas seduzia os garotos e se divertia como se não fosse de uma família humilde.
Ia pro centro e fingia ser uma garota de classe, ganhava o que queria, com seu charme, mas quando voltava pra casa, lembrava da realidade triste de sua vizinhança...

Ele, porém, sempre foi trabalhador e estudioso. Rapidamente assumiu a banca de feira da família, e, quando saiu da escola, fazia turno duplo para tentar ganhar mais nos negócios.

Então, veio o inesperado (e previsível ao mesmo tempo):
Ele se cansou de vê-la chorando por falsos amores e por essa vida fútil, e decidiu finalmente dar um passo maior do que "apenas apoiá-la" e ser usado por ela.

Pediu a mão da garota em casamento.

A família dela adorou, pois, naquela realidade, ele era "rico" perto da família dela. Ela, chocada, aceitou meio contrariada, na esperança de ter uma vida melhor.
A verdade é que (como se esperava) não deu certo.
Ela dizia "não ser presa à ninguém" , e essas frases bobas que as pessoas inventam hoje em dia para não ter limites. Mas ele continuava mantendo-a e amando-a, como ninguém.

Até que, um dia, ao voltar mais cedo das compras para a feira, ele viu o que todo o mundo dizia pelas costas, mas ele relutava em acreditar: Ela estava na cama com outro.

Um playboyzinho do centro, com carro bonito e tudo o mais.

Ele não falou nada, nem brigou com o garoto, apenas o fez sair e não falou nada com ela. Ele a amava demais até mesmo para isso, e achava que ela mudaria. Mas ela não mudou, e apesar dos avisos da família dele para largá-la, ele continuou colocando comida em casa e fazendo as vontades dela, enquanto ela nem queria saber de trabalhar.

Até que um dia fatídico chegou, e ela roubou (exatamente, roubou) as economias dele, comprou uma passagem e saiu da cidade. Ao voltar para casa, ele chorou, e só chorou.

Mas, três meses depois, ela voltou, dizendo estar grávida dele. Ele ficou feliz, e a apoiou por todo o parto. Porém, quando o filho nasceu, ela sumiu no mundo de novo, deixando-o sozinho para criar seu filho.

Mesmo sem saber se o filho era dele, ele continou trabalhando duro para dar tudo o que podia pelo filho, e nunca (nunca mesmo) disse uma palavra má sobre sua mãe, apenas dizia ao menino que "a mãe dele tinha coisas a fazer e teve que ir"...

Não sei se ela foi feliz nem que final teve...
Só sei que ele criou um filho do qual teve muito orgulho e muitas alegrias
Filho que o fez saber o significado da vida."

by me

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Era uma vez...

"Era uma vez um garoto.
Era um garoto simples, que dizia que o dinheiro não importava muito.
Era um garoto que não se importava com o amor, achava que viria com o tempo.
Era um garoto esforçado, que corria sempre atrás do que queria, corria muito.
Era um garoto que queria apenas fazer os outros felizes, e isso bastava.
Era um garoto autêntico, que não se mudava por nada ou por ninguém.
Era um garoto que sempre ajudava primeiramente aos outros, achando que retribuiriam.
Era um garoto sonhador, com grandes planos e feitos para o futuro.
Era um garoto bom. Pois achava que sua bondade seria recompensada.

Era um garoto, e agora é um jovem.
Um jovem que já não acredita mais no que acreditava antes...
Pois o mundo fez questão de fazê-lo achar que o que ele 'Era' é errado..."

by me