quinta-feira, 26 de junho de 2008

Modinha?

Quanto tempo hein? Na verdade, muito tempo, desde o último devaneio. Mas agora voltarei a falar, e (normalmente) chutar o pau-da-barraca dessa porcaria de sociedade e humanidade.

E dessa vez o alvo são as "modinhas", ou como você quiser chamar.

Se bem que, no final, a moral da história é a falta de personalidade das pessoas, assim como sua falta de opnião.

Como já dizia a célebre frase (não lembro quem falou, se não daria os créditos): "Toda a unanimidade é burra."

E como modinhas são parcialmente unanimidades, também são no mínimo parcialmente burras. Pois nunca haverá algo unânime no mundo. Se há algo que "todos gostam" ou aprovam, por mais que não sejam estritamente todos, esse algo não é tão bom quanto parece.

O mundo é cheio de subjetividade, opniões diferentes, divergentes, várias formas de pensamento e questionamento.

Portanto, se muita gente concorda com algo, no mínimo, algumas pessoas desse "muita gente" omitiu sua opnião, a deixou ser levada ou ser incorporada pela opnião de outros, e, muito normalmente, a opnião da "massa".

E isso nos leva às modinhas.

Pois elas são... Como poderia descrever? (odeio tanto que nem consigo falar)
São assuntos, jeitos, coisas, que surgem, e rapidamente se transformam em "semi-unanimidades", em coias endeusadas e praticamente perfeitas.

Porém toda essa perfeição e entusiasmo sempre some rapidamente. Tá bom, farei justiça: praticamente sempre some rapidamente. As poucas modinhas que se consolidam,eu respeito.

Eu simplesmente acho horrível esse tipo de coisa. Comportamentos, estilos, linguagens, principalmente músicas, que surgem, e do nada viram célebres mostras de genialidade, mas somem sem deixar rastros repentinamente.

Um exemplo é a música da Pitty, Brinquedo Torto. Eu fui no show ao vivo dela, amei a música, e desde então ela era a melhor música da Pitty pra mim. Mas ninguém, e eu digo ninguém mesmo que não viu o show, gostava da música ou dava 1 centavo pra ela. Mas foi só sair o clipe e virar número 1 nas paradas, que virou "o melhor hit da Pitty".

Nem preciso falar das outras coisas "maiores" né? Como emocore, e a emice em si. Como ser bi ou homosexual (algumas vezes, é moda mesmo, não escolha). Como torcer para este ou aquele time que ganha tudo atualmente. Como usar essa ou aquela roupa. Como dançar essa ou aquela música(Menção Honrosa para o PSY). Como frequentar esse ou aquele lugar. Como ir pra Porto Seguro na formatura (sim, eu esculaxo mermo). Como ficar. Como perder a virgindade cedo. Como muitas outras coisas ridículas demais.

Ridículas, pois na verdade a maioria (e não me levem a mal, a maioria sim) das pessoas que fazem muitas das coisas que citei (e várias outras) não as fazem por opção pura, por pensar bem naquilo, por sequer eliminar as outras opções. As outras vertentes de pensamento.

E já disse, não achem que minhas opniões são extremistas, ou conservadoras demais. Eu acho ótimo que alguém seja homosexxual, ou fique "com todo o mundo" numa balada. Desde que tenha noção do que está fazendo, saiba o que isso significa na sua vida, e considere as outras maneiras de ser/agir.

Não que todos tenham que ser paranóicos e pensar todos os passos antes de agir (nem eu sou tão assim). Mas eu acho que precisamos medir as coisas. Tudo bem você comer tal marca de comida pois ela é famosa ou pois todo mundo come. E digo isso pois a marca da comida (mesmo que seja pior ou mais cara) não vai mudar muito sua vida.

Porém, quando se trata de escolhas grandes, mudanças comportamentais, modos de agir...

Aí eu te garanto que temos de pensar, não "seguir a moda", ser você mesmo acima de tudo. Pois o que você pensa e escolhe pode ser até "errado". Mas é o que VOCÊ pensa.

E não vou dizer (novamente para abrandar os mais radicais) que devemos ser cabeças-duras (eu sou um pouco), inflexíveis e invariáveis. Mas dar mais valor à nossa própria voz, do que na dos outros. Medir o que vale a pena e o que não vale.


Bom, o post começou com "modinhas" e terminou nisso,eu avisei...
Pois, no final, modinhas sequer são dignas de menções. Não da minha parte.

Não que eu seja imune a elas, mas que eu tenho uma aversão a coisas "pop", e unânimes (por mais que essa unanimidade seja algo "válido"). Pois tudo que é muito bom, nunca é tão bom quanto parece. E a mesma coisa acontece com as coisas ruins.

Então espero que pensem mais de hoje em diante, mas não virem uns idiotas pensativos que nem eu, pois não é muito legal. Só espero que, pelo menos um pouco, as coisas melhorem no mundo.

Pois TUDO pode e deve ser influenciado, com o tempo, e com a socialização.
Mas existe uma diferença entre ser influenciado, e ser muito influenciável.





"Se você não pensa, te garanto que há quem pense por você. O problema é que nem sempre essa pessoa que pensa por você segue seus interesses, ou pensa de modo parecido com você. Mas você não pode reclamar mais: Já abdicou de pensar."
by me


" People will always take the long way around. Before you know it you'll be lost and found. Living in the sunshine with the shades pulled down. People will always take the long way around..."
by Eagle Eye Cherry (Long Way Around)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Novas Crônicas

"Não nos conhecemos bem ainda, disse ela. Era a primeira de muitas desculpas que ele iria escutar.
Pois, pensando bem, se eles se conhecessem 'bem', ela iria dizer como desculpa a frase oposta: 'nos conhecemos bem demais'.
É, é assim que acontece quando você quer mudar algo para melhor, e a outra pessoa não.

Mas, tempo vai e tempo vem, e ele começa a conhecer ela melhor, e se interessar cada vez mais. Não que isso mudasse muita coisa, mas melhorou a relação entre os dois. Um abraço aqui, um carinho ali, e sempre muitas muitas risadas.

Parecia que o tempo passava mais devagar perto dela, ele se sentia mais feliz do que nunca, e ela também parecia muito alegre. Apesar de só se verem aos finais de semana, para ele, aquele fim-de-semana foi um dos, ou talvez o, mais feliz de sua vida. E isso simplesmente por estar com ela, por rir com ela e ver aquele sorriso estampado em sua face. Diziam muito 'eu te adoro', se chingavam e se zoavam, tudo na brincadeira. Era tudo flores.

Ela até deu um belo presente de aniversário para ele! E foi nesses dias que ele tomou a decisão que, no futuro, ele saberia que foi uma das piores que já tomou. Decidiu pedir ela em namoro.
Até então seria a primeira vez que ele pediria alguém em namoro. Não gostava de ficar, e já recusou alguns pedidos de compromisso, por ser um 'bobo apaixonado', desses que ainda acredita no amor.

Ele foi criando coragem e, já na primeira oportunidade que teve, pediu a mão dela em namoro. Ela ficou surpresa é claro, nos dias de hoje as pessoas têm medo de namorar, e acham que têm que 'ficar' antes. Mas ela disse que iria pensar, e que responderia em uma semana. 'Não doeu', pensou ele. E saiu todo feliz, sorridente, tendo a quase-certeza de que finalmente acharia seu amor, já que ela, que em poucos meses se tornara sua melhor amiga, significava muito pra ele, e ele achava que era recíproco.

Foi aí que tudo desmoronou. E ele não sabia que nunca mais veria a pessoa que mais amou na vida até então. Dia vai dia vem, ele continua a declarar seu amor por ela, mas sem implicar pressão sobre sua decisão. Porém, se passa a tal 'semana' e nada de ela responder.

Ele fica ansioso e pede para ela pensar logo. Era isso que ela queria. Pois se ele não pressionasse, ela não responderia. E como ele pressionou, ela arranjou a desculpa perfeita: 'você não esperou, me pressionou, pediu a resposta logo, e a resposta é não'.

Finalmente ele percebeu. Que o que ela sentia por ele não era o que ele sentia por ela. O que ele merecia. Ou talvez ela tenha mudado de idéia. Ou estava 'brincando' com os sentimentos dele. Mas essa última hipótese é improvável.

Ele não se contentou, e ela continuou com suas desculpas, uma atrás da outra. Até ele explodir. E é aceitável a reação dele, assim como a dela. Ele não aguentava mais ser menosprezado, sofrer na vida. Achar que está tudo certo e dar tudo errado. E ela se stressou com ele, e acabou cortando de vez a amizade.

Finalmente, tudo acabou, ela ficou 'normal'. A vida continua, dizem pessoas como ela. Outra desculpa, essa para justificar o pouco-caso feito com coisas como o sentimento de uma pessoa que a amava.

Pergunta-se: e os 'eu te adoro', o presente dela (que ele nunca pode retribuir), as risadas... Aonde foi parar tudo isso?

Ele continuou tentando falar com ela, e ela deu a ele a pior coisa que se pode dar. E não falo de ódio. Esquecimento, Ignorância. Atitudes imaturas de ambos os lados levaram a isso. Mas a diferença é que ele nunca vai se perdoar por ter feito ela se entristecer (mesmo que um pouco). Já ela nem liga pra ele, não dá a mínima e tudo isso que aconteceu entre eles não vale mais nada.

Essa, acho eu, é a diferença entre magoar o outro ou não.

Não vou dizer que ela ou ele está errado ou não. No ponto de vista de cada um, o outro está errado. Mas ele perdoou ela, e deseja toda a felicidade do mundo. Ela nem quer falar mais com ele, e faz questão de mostrar seu desprezo.

E essa, acho eu, é a diferença entre uma pessoa boa ou não.

Não que ela seja má.
As coisas acontecem, é a vida, e ele sabe disso.

Pode ter sido que ele foi grosso como ela disse, ou que superestimou o carinho que ela dava. Ou que ela realmente se importava, e essas 'desculpas' eram verdades. Nunca se sabe. E, estamos vendo o lado dele. Ela nunca chegou a dizer o que achava disso tudo.


Mas como digo, há diferenças...

Enquanto ela praticamente nem lembra (e não quer lembrar) do ocorrido, ele ainda a considera o maior amor de sua vida."


by me